Antes de falar do meu método organiz.ação eu gostaria de te contar uma história.

O ano era 2017, faziam exatos 1 ano e 6 meses que eu tinha me formado em Arquitetura e estava completamente perdida sem saber que caminho seguir.

Estava morando novamente na casa da minha mãe e devia ter uns quatrocentos e poucos reais na minha conta, não lembro ao certo. Mas era pouco, e estava acabando.

Eu vivia assombrada pelo fato de não saber o que eu ia fazer da minha vida e se algum dia eu teria sucesso na minha carreira profissional — que até então era inexistente — e, certamente, já estava vivenciando problemas emocionais que mais tarde viriam a ser diagnosticados como depressão e ansiedade.

Você já passou por isso alguma vez? Vivendo com tanto medo a ponto de não conseguir dormir sem ver uma luz no fim do túnel? Sem saber se conseguiria ter sucesso na carreira profissional? Ou se algum dia as pessoas que você ama poderão contar com você e com sua ajuda?

Eu sei bem como é isso.

Até que, um dia, eu estava conversando com uma amiga pelo WhatsApp e ela me perguntou: “Porque você não faz do Design Gráfico seu trabalho? Você já faz isso por hobby mesmo, não custa nada tentar vender estes serviços para alguém. O pior que pode acontecer é receber um não das pessoas.”

Eu pensei:
“Design Gráfico? Vixe, isso não dá dinheiro não!”

A questão é que a minha mente estava cheia de ideias preconceituosas sobre essa profissão já que, eu ouvi a minha vida toda que o dava dinheiro era ser médico ou advogado.

“Credo, Dani, você vai colocar isso na página de vendas do seu curso?”
– Alguém pode estar pensando

Mas essa é a verdade. Eu fui a primeira a achar que não poderia viver do design.

E se eu quero te propor um novo caminho, preciso ser honesta com você. Certo?

Mesmo com todos esses pensamentos preconceituosos, eu fiquei com aquilo que a minha amiga disse na minha cabeça por alguns dias. Até que resolvi que iria tentar.

“Dane-se!” Pensei. Já estou no fundo do poço mesmo. Se não ganhar nada com isso não vai fazer diferença alguma.

Corta para março de 2018.

Eu estava fechando uns trabalhinhos aqui e ali, nada muito maravilhoso. Era bastante frustrante. Pensava em desistir diversas vezes, se estou sendo sincera contigo.

Minha mãe seguia insistindo para que eu voltasse pra Arquitetura, já que a única coisa que ela via era a filha com a cara no computador o dia todo, e no rosto dela dava pra ver que não havia muita esperança de que — seja lá o que eu estivesse fazendo — desse em alguma coisa.

Você já passou por isso? Viver preocupado sem saber se conseguiria pagar as contas do mês? Tendo que insistir em uma coisa sem apoio das pessoas ao seu redor? Uma constante sensação de que não tem o controle de nada? De que sua vida está um caos e não parece ter jeito?

Então você sabe como é….

Mesmo assim, algo dentro de mim dizia que eu podia ganhar muito mais. A essa altura já acompanhava vários designers que viviam da profissão, um deles você deve até conhecer, o Andre Amaral.

“Se o Andre conseguiu, porque eu não posso conseguir também?” Pensava.

Eu sabia que dava para cobrar muito mais por um logotipo ou Identidade Visual e que, seu quisesse ser uma profissional que cobrava acima dos valores de mercado, eu precisaria saber muito mais do que apenas design, eu precisava passar a me ver como empresa e não apenas como “freelancer”.

Parei e me perguntei, qual é a maior reclamação que eu ouvia das pessoas que chegavam até mim falando de experiências que tiveram com outros designers? E era unânime: A falta de profissionalismo, péssimo atendimento, os sumiços e os atrasos.

E foi a partir daí que eu parei de estudar apenas design e passei a mergulhar em em outras habilidades como: posicionamento, vendas, comportamento de consumo, relacionamento e atendimento ao cliente, psicologia, gestão financeira, gestão de projetos, de empresas, etc, para criar um negócio que seria centrado na experiência do meu cliente.

Foi duro, será duro. Eu não vou te enganar!

Abdiquei de várias coisas e precisei fazer alguns sacrifícios para arrumar tempo para preparar o meu negócio enquanto ele andava. Tinha noites em que todo mundo ia dormir e eu permanecia acordada trabalhando e estudando.

Eu sei que você já deve ter passado por isso também. E eu te entendo.